Exames e procedimentos - Hospital Sabará
 
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Exames e procedimentos

A diferenciação entre a espasticidade e os outros tipos de movimentos anormais como as distonias e outras formas de rigidez é de fundamental importância no manuseio do paciente. Para isso, o paciente passa inicialmente por uma avaliação ortopédica e fisiátrica, no sentido de dimensionar o seu grau de comprometimento e propor a terapêutica mais adequada.

No exame clínico, os pacientes devem ser avaliados quanto ao tônus muscular, a fim de se confirmar a presença ou não da espasticidade, caracterizada pelo aumento da resistência à movimentação passiva. As ocorrências do sinal do canivete (braço dobrado com maior resistência no início do movimento de abertura), hiperreflexia (aumento do reflexo tendinoso) e clônus (movimentos repetidos após o estiramento muscular, por exemplo, da musculatura flexora dos pés) reforçam e confirmam a presença de espasticidade. É comum a presença de algum grau de limitação no arco de movimento articular (quando uma porção do corpo, como braços, pernas, quadril, não estica de forma plena) devido a contraturas musculares localizadas. Além disso, alguns pacientes com paralisia cerebral podem apresentar tônus normal durante o repouso ou movimentos passivos lentos, podendo haver, durante manobras rápidas, aumentos significativos na resistência ao movimento. O aumento de tônus muscular pode ocorrer ainda em situações de aumento de estímulos nocivos (quadros álgicos ou infecciosos) ou de maior tensão emocional do paciente, como durante consultas médicas.

A avaliação ortopédica é fundamental, incluindo além do exame clínico completo a avaliação radiológica da coluna e do quadril. Há regiões do corpo em que a diminuição do tônus muscular pode promover alterações funcionais na marcha e na postura (em pé, sentada ou deitada). Pacientes com idade maior tendem a apresentar maior grau de deformidades estruturais devido à influência prolongada da espasticidade sobre o sistema músculo-esquelético em crescimento.

Exames e procedimentos

A ressonância magnética do encéfalo é importante para dimensionar o grau de comprometimento do Sistema Nervoso Central. A presença da espasticidade, por si só, não constitui indicação de procedimento neurocirúrgico, devendo ser sempre considerado o potencial ganho das habilidades motoras após o procedimento. Os objetivos do paciente e da família devem sempre ser ouvidos e discutidos em vista das propostas terapêuticas oferecidas pela equipe médica.

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